cão a abraçar o seu humano
Uma boia num mar de gente.

“Hoje adotei um humano. Vi-o tão solitário e confuso, que me partiu o coração. De repente os seus olhos regados encontraram os meus. Não gosto do cheiro de tristeza e ele tresandava a tristeza. Queria tanto saltar-lhe para o colo… Ele falava comigo com ternura e eu sabia que o tinha de resgatar! Aquele humano precisava de mim, então ladrei com todas as minhas forças, e comecei a segui-lo.

Cheguei ao pé dele e pude sentir o cheiro das suas mãos. O humano sorriu por um instante e quando me pegou ao colo, pude sentir o seu coração a aquecer. Aproximei-me da sua bochecha e senti uma lágrima a percorrê-la. Eu olhei-lhe profundamente nos olhos e a sua resposta foi um sorriso brilhante. Pulei de alegria nos seus braços, prometi comportar-me e amá-lo para sempre, e nunca me separar dele.

A sorte que ele teve de passar naquele quarteirão, descendo aquela rua, àquela hora, e a sorte que eu tive de o conseguir encontrar naquele momento, sozinho no meio daquela multidão, toda absorvida nos seus problemas. Ainda bem que ninguém mais me escolheu, pois pude salvar uma vida. Hoje adotei um humano.”

De autoria desconhecida, editado por Diogo Belo.

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