Pequeno macaquinho agrilhoado com correntes, sentado resignadamente contra um poste
O ser humano põe correntes em tudo. Foto Facebook

Por Diogo Belo

Se os animais tivessem uma religião, o ser humano seria o diabo.

Pesados são os grilhões com que o ser humano aprisiona os animais e os recursos da mãe natureza. Quando não servem, os grilhões, ou não entretêm o suficiente, seguem-se as destruições… da vida e da sua casa.

Leves são os ânimos das hipocrisias e dos transgressores enquanto se afogam e afundam tudo em seu redor nas suas trevas.

Não saímos da mãe Terra, para ser mais uma das suas criações, intrínsecos ao equilíbrio? Como chegámos a esta condição?

Semelhante à história cristã de lucifer, a mãe Terra fez a sua criação mais complexa, mas também esta ganhou orgulho e ganância, virou-se contra Gaia e começou a criar o seu mundo.

Artificializou o espaço, o tempo, e está a tentar reformular as leis da natureza. As cidades, as horas, a recolha de recursos, a criação da nossa comida, tudo isto são expressões desta artificialização. Não ficámos satisfeitos com a nutrição de Gaia, quisemos controlar o sistema, quisemos mais… tudo….

Só que a criação nunca pode ser mais completa do que o criador. Quisemos substituir Gaia, no entanto, não soubemos gerir o planeta como ela. Somos os incompetentes que nunca perdem o orgulho na sua incompetência e ignorância.

Vão surgindo ainda hoje, alguns guardiões de Gaia que compõem o último reduto da defesa da mãe-Terra, que prezam e protegem a natureza e as suas criações. Infelizmente estão em grande desvantagem numérica, e necessitam da ajuda dos guardiões adormecidos. Para estes é necessária coragem, para enfrentar e quebrar as correntes do conformismo mental e físico, e despertarem para as necessidades da mãe Terra.

Todos os esforços são necessários para combater “o diabo” que quer tornar o nosso planeta descartável, assim como as vidas que o habitam.

1 COMENTÁRIO

  1. Simplesmente genial este texto sentido, que demonstra um profundo empenho pelo respeito pelo planeta que é a nossa casa e pelos animais que são vítimas da perfídia humana. Parabéns!

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