
Ainda antes de treinar o meu cão
A maior parte dos donos ou candidatos a donos sonham com o cão perfeito, que obedece a todos os comandos básicos de obediência: Senta, Deita, Fica, Aqui, Junto com trela, sem trela e por aí fora.
E na hora do dono se exibir para os amigos à custa do seu patudo, é frustrante, que o cão não cumpra, sem falhas, o que em casa sabe fazer tão bem! Pois é isso, acontece em casa! Mas não na rua e não sob pressão e tudo isso é outro cenário, que também é preciso treinar.
Carlota Joaquina, um apurado contacto visual
Muitas são as dicas de como treinar um cão, de como fazer isto e aquilo, dar a pata, rebolar, fingir de morto e por aí fora…, mas antes há muito trabalho de casa a fazer pelos nossos queridos donos.
Pois aqui no PAWSNEWS achamos, que antes da expectativa de ensinar o que quer, que seja ao seu cão, dois são os requisitos essenciais:
1 – Brincar muito com o seu cão

Janis e Carlitos, mãe e filho brincam muito entre si
Brincar com o cão, correr com ele, jogar às escondidas, caírem juntos, atirar bolas, tomarem banho de mar juntos, mas também adormecer no sofá… Tudo isto desenvolve o relacionamento com o seu cão, e quanto mais isto acontece, mais profunda se torna a relação de cão, dono, família.
Estabelecida esta relação sem compromisso de resultados, então sim, mais fácil será exigir no treino, porque o nosso cão fará tudo para nos agradar. E o treino será para ele só mais uma brincadeira e não uma obrigação enfadonha, que só lhe cria pressão e/ou stress.
2 – Criar contacto visual

Há cães que já nascem com esta capacidade, de olhar o dono nos olhos, mas se nos focarmos nesse objectivo, podemos sempre desenvolvê-la muito mais. E o que é o contacto visual?
O contacto visual é a ferramenta essencial de comunicação com o seu patudo, seja cão, seja gato. Quando o seu patudo fixa o olhar dele, no seu olhar é porque pretende algo ou tenta perceber quem é aquela pessoa. O contacto visual é a ferramenta fundamental do treino.
Há, no entanto, excepções à regra, no caso de um cão estranho nos olhar fixamente. Nessa situação as regras são diferentes, pois o nosso olhar fixo pode ser entendido como um desafio. E assim como olhamos os nossos amigos olhos nos olhos, eventualmente não o faremos com um desconhecido, sob pena de sermos mal interpretados, podendo até dar origem a um conflito. Com os cães, que não conhecemos passa-se o mesmo, pelo que teremos de estar atentos à linguagem corporal do animal.
A atitude a tomar é desviar o olhar e não praticar movimentos bruscos.
Afirmam os cientistas japoneses, que o afecto do cão mora nos seus olhos, já que o contacto visual potencia o hormônio do amor, a oxitocina, tanto no ser humano, como nos cães ou nos gatos.
Por Graça Afonso