Blondie morre envenenada-Cinco mil euros recompensa denúncia
Texto Graça Afonso. Fotos André Gomes
Blondie, uma cadela pastora alemã tinha tudo para ser feliz, mas morre envenenada. Vivia na aldeia de Zimão, na freguesia de Telões, concelho de Vila Pouca de Aguiar, no seio de uma família, que se orgulhava dela. O dono, André Gomes, oferece cinco mil euros a quem denunciar o assassino de Blondie, em Zimão e promete sigilo ao denunciante.
Blondie era jovem, tinha apenas dois anos e a vida pela frente. A família cuidava dela com todo o carinho e preparo, mas isso não foi suficiente para impedir o cobarde, que decidiu envenená-la com herbicida, levando Blondie à morte para desespero da família, que sofre a sua perda com muita dor.
André Gomes, o dono, apela ajuda aos amigos no Facebook para “encontrar o facínora do assassino, que matou a Blondie” e jura levar até às últimas consequências legais a sanção por tal acto.
O SEPNA tomou conta da ocorrência e investiga. Entretanto André Gomes oferece cinco mil euros de recompensa, para quem denunciar o criminoso, que levou Blondie à morte.
De norte a sul do país centenas de cães são envenenados traiçoeiramente pelos mais diversos motivos, até para se vingarem dos donos, e sempre esses cobardes se escudam na impunidade e matam mais um e mais outro, sem nunca serem punidos pelos seus crimes.
As pessoas nas aldeias sabem quem é, mas preferem manter o silêncio… Está na hora de perderem o medo e não partilhar mais a cumplicidade deste tipo de crime, que se cala, mas vai pesando na consciência dos que sabem e não falam.
Que a aldeia de Zimão fique na história dos direitos dos animais, pelos melhores motivos, por haver uma pessoa com dignidade suficiente para denunciar este crime, que não será o primeiro, nem será o último, se ninguém o denunciar.
Também o poder judicial tem de estar mais atento e de uma vez por todas perceber que perante o nosso Código Penal os animais não são mais uma (res) coisa, mas um ser com direitos, cuja violação é punida por lei.
Que a morte de Blondie não seja em vão, que a justiça chegue em tempo e exemplarmente.